Há tempos busco uma resposta: o que tem me sustentado na Fé católica desde minha conversão? Por que é que eu não desisto se tenho “razões para isso”. São tantas lutas, as quais nem sempre venço, são tantas decepções, incompreensões, renúncias, e por aí vai…..? Vejo tantos irmãos caírem,desistirem, voltarem para trás e mesmo diante do desejo que também sinto de isso fazer, simplesmente não o consigo.

Dentro desta busca sempre soube que os pilares de uma conversão enraizada são os sacramentos e a presença de nosso Senhor Jesus Cristo vivo na Igreja, mas havia uma dúvida em mim e, neste caso, uma boa dúvida, pois eu sentia que havia um algo a mais, que havia “algo” que ternamente me sustentava e me fazia amar mais e mais a Santa Igreja Católica dia-a- dia, mesmo diante de tantas dificuldades.

Neste caminho precisei voltar ao começo. Precisei voltar aos meus primeiros passos na Fé, precisei voltar ao início da minha conversão, esta, ainda uma pequena criança, com apenas 10 anos. Passei a me lembrar que quando dei meus primeiros passos na conversão logo percebi que era preciso me apegar a algo que pudesse ser meu “salva-vidas” nesta nova vida, pois sabia, por experiência própria, que sozinho poderia naufragar a qualquer momento. Mas o que seria: o Magistério da Igreja, a vida dos Santos, a Santa Palavra, etc.? Não, isto tudo era muito belo para mim. Era como querer dar alimento sólido a um bebe de apenas 01 mês. Eu precisava de algo mais simples.

Foi então que a providência divina me reapresentou a Ela, a sempre e bela Virgem Maria, pois embora tivesse nascido e crescido num lar católico não a amava como a uma mãe, não a amava da forma como Jesus queria. E foi um amor à primeira vista.

Logo de início me pareceu muito simples a devoção a Jesus Cristo por meio da Virgem Maria, era “fácil” (entre aspas, pois nem sempre o é) separar um tempo do meu dia para poder através do Santo Terço entrar em oração e pedir que o Senhor me ajudasse nas várias dificuldades que me apareciam naquele início de conversão, pois vamos combinar: quando Jesus entra de verdade em nossa vida parece que tudo vira uma “bagunça” Santa. A impressão que eu tinha era idêntica aquela impressão de quando a nossa mãe aqui da terra mandava a gente arrumar o quarto, por mais que a gente se esforçasse sozinho, sempre precisávamos de uma ajudinha dela. Essa era a impressão que eu tinha, que era a Mãe, dessa vez a do céu, que me ajudava a organizar toda aquela “bagunça”.

Ao final da jornada, não consigo descrever a alegria que tomou meu coração quando achei a resposta que tanto procurava e que agora me parecia óbvia. Sim, foi e é ela que tem me sustentado na Fé! É ela que tem olhado para mim e sabido educar esta eterna criança que há em mim. Hoje passados 10 anos das primeiras “papinhas” da Mamãe, tenho certeza que muito mais que um salva-vidas, encontrei Nela o meu Porto Seguro, para onde sempre posso voltar nas minhas várias viagens em mim mesmo.

Salve Maria Santíssima!

Por Adriano Gussi

Missionário da Missão Enchei-vos